Confira os videos sobre Hérnias da Parede Abdominal

Videolaparoscópico da hérnia inguinal. ​

As hérnias ocorrem quando há protrusão do conteúdo abdominal (vísceras) através de uma região de fraqueza / defeito da parede abdominal. Naturalmente, temos três regiões de maior susceptibilidade para o aparecimento das hérnias: umbilicalinguinal (virilha) e epigástrica (acima da cicatriz umbilical). Também podem ocorrer em locais de cicatrizes de operações anteriores (hérnias incisionais). Bem menos comumente, podem ocorrer na região lombar.​

Os principais sintomas são a dor e abaulamento locais, geralmente relacionados a esforço físico.​

Dentre os fatores de risco para o surgimento, o esforço físico repetido, tabagismo, obesidade, desnutrição, tosse crônica, aumento prostático sem tratamento (aumenta o esforço miccional), tumorações abdominais, infecção de ferida e esforço precoce no pós-operatório (no caso das hérnias incisionais) e quaisquer outros fatores que levem ao aumento da pressão intra-abdominal.

O diagnóstico é geralmente feito apenas com base na história clínica e exame físico do paciente. Entretanto, ocasionalmente, podem ser necessários exames complementares de imagem para melhor elucidação diagnóstica e programação terapêutica, como o ultrassom de parede abdominal ou mesmo a tomografia computadorizada.​

O tratamento deverá ser sempre cirúrgico. Deveremos atentar para o controle adequado dos fatores de risco desencadeantes, pelo risco de recidiva. A princípio, os pacientes obesos também deverão ser encorajados a perder peso antes do procedimento, no intuito de diminuir tanto o risco cirúrgico quanto a chance de recidiva. Não existe uma maneira de tratar adequadamente o defeito sem cirurgia. A tendência, com o passar do tempo, é que a hérnia cresça (aumentando a complexidade do tratamento às vezes até com necessidade de ressecções viscerais) ou que haja encarceramento / estrangulamento (o conteúdo da hérnia, geralmente um segmento de intestino, pode ficar preso levando à dor local importante e até ao eventual comprometimento da circulação sanguínea com necrose, infecção e necessidade de tratamento cirúrgico de urgência com ressecção intestinal).​

Em relação às hérnias inguinais e incisionais, habitualmente tem-se indicado a colocação de telas de material sintético como reforço com o intuito de diminuir chance de recidiva. Esses procedimentos podem ser realizados tanto por via aberta / convencional quanto por via minimamente invasiva (videolaparoscopia e cirurgia robótica). Já as hérnias umbilicais e epigástricas, quando pequenas, podem dispensar o uso dessas telas.

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Perguntas Frequentes

  • Mesmo tendo hérnia há muitos anos é necessário operar?

    Sim. A tendência, com o passar do tempo, é que a hérnia aumente e se torne mais difícil de tratar. Além disto, há o risco do encarceramento / estrangulamento de uma víscera abdominal, levando à necessidade de tratamento de urgência e risco de complicações pós-operatórias.

  • Vai colocar tela?

    Habitualmente, para as hérnias epigástricas e umbilicais, a utilização de tela é individualizada, ou seja, depende de cada situação. Muitas vezes, a decisão termina sendo tomada no intra-operatório. Já para as hérnias inguinais (virilha) e incisionais, habitualmente se utiliza a tela com o intuito de diminuir a chance de recidiva.

  • De que material é feito a tela? Vai ficar no corpo para sempre ou vai ser retirada depois?

    As telas mais comumente utilizadas são feitas do material sintético chamado de polipropileno. Trata-se de um material inerte, resistente e que não é absorvida pelo organismo. Após algumas semanas de pós-operatório, integra-se completamente com os tecidos orgânicos. A tela não é retirada. Em situações específicas e menos comuns, pode ser necessária a utilização de telas compostas de outros materiais

  • E se der rejeição?

    Atualmente é bem menos comum a rejeição da tela. Isso se deve pelo avanço na tecnologia de engenharia das telas e componentes utilizados. Entretanto, é possível que haja infecção da ferida. A retirada da tela é considerada uma medida extrema, não necessariamente é uma regra, e outras medidas podem ser tentadas.

  • Que tipo de anestesia é utilizada?

    Todas as correções de hérnia que se propõe a fazer por via minimamente invasiva (videolaparoscopia e robótica) necessitam de anestesia geral. Em casos de cirurgia convencional (aberta), pode ser realizada também a anestesia raquidiana ou até mesmo local (menos comum).

  • Quanto tempo depois da cirurgia o paciente tem alta hospitalar?

    Habitualmente, a alta hospitalar ocorre dentro de cerca de 24 horas do pós-operatório.

  • Tem alguma restrição alimentar?

    A princípio, não existe nenhuma restrição a alimentos específicos. Entretanto, é recomendado evitar alimentos que levem à prisão de ventre como os à base de farinhas (bolachas, massas, pães) e frutas com casca (maçã, pêra) pela eventual necessidade de maior esforço evacuatório no pós operatório.

  • Precisa usar antibiótico?

    A princípio, as cirurgias para correção das hérnias abdominais são consideradas limpas, mesmo quando se utiliza tela. Isto significa que o uso rotineiro de antibióticos não está recomendado e não previne que haja infecção posteriormente.

  • Quanto tempo para retomar a vida normal após a cirurgia?

    Habitualmente, o paciente tem alta hospitalar em até 24 horas após a cirurgia. Geralmente fica afastado do trabalho por quinze dias ou mais a depender da ocupação que exerça. Após um período de cerca de 30 dias poderá retomar a prática de esportes. Esses períodos são variáveis de acordo com o porte da cirurgia, local, perfil do paciente e recuperação pós-operatória.