Muitos pacientes questionam a real necessidade de realização de procedimento cirúrgico (colecistectomia) para o tratamento da litíase biliar (colelitíase / pedra na vesícula), quando não têm sintomas, ou quando eles são muito brandos ou inespecíficos.

É importante saber que o paciente portador de colelitíase tem um risco cumulativo, ao longo do tempo, de apresentar complicações ou um quadro agudo que requeira o tratamento operatório de urgência. Quando os cálculos são pequenos (microcálculos / lama biliar) o risco principal é a ocorrência de coledocolitíase, colangite aguda e pancreatite aguda biliar, que são doenças potencialmente fatais. Nos cálculos maiores, o risco principal é o desenvolvimento de colecistite aguda. Vale ressaltar que qualquer procedimento realizado em caráter de urgência tem maiores chances de complicação: conversão para cirurgia aberta, infecção, lesão e fístula de via biliar, sangramento, necessidade de associação de procedimentos (CPRE e/ou exploração de vias biliares). Eventualmente, o indivíduo assintomático pode simplesmente desenvolver uma complicação grave já de início, pegando-o completamente desprevenido. Por outro lado, o procedimento cirúrgico eletivo, além de permitir ao paciente que se programe adequadamente, tem menos chances de complicações, eventualmente menor tempo de internação e melhor recuperação pós-operatória.

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Autor:
Dr. Ricardo Almeida
Membro do Colégio Americano de Cirurgiões – Fellow of The American College of Surgeons – FACS.
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