Conceitualmente, a doença do refluxo gastro-esofágico se caracteriza pelo refluxo do conteúdo gastro-duodenal para o esôfago e / ou órgãos adjacentes. Pode se manifestar de uma série de maneiras diferentes, com sintomas chamados “esofágicos” e eventualmente “extra-esofágicos”.

​É uma doença bastante comum na prática médica, que pode ter indicação de tratamento cirúrgico.

​Os principais sintomas são a presença de pirose e regurgitação (sintomas classicamente chamados de “esofágicos”), mas pode ocorrer também dor torácica não cardíaca, tosse crônica, asma, pigarro, rouquidão, apneia do sono e até fibrose pulmonar (sintomas “extra-esofágicos”).

Os fatores de risco são o sobrepeso / obesidade, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, café, consumo excessivo de doces e alimentos, postura inclinada, alimentação noturna, estresse e fadiga. Além desses, a presença de hérnia de hiato pode ser considerado fator de risco importante. 

O tratamento, portanto, deve ser basear não apenas no uso das medicações preconizadas, mas também no adequado controle desses fatores de risco. Um paciente que tem a doença e é tabagista, por exemplo, pouco provavelmente irá se beneficiar do tratamento se não deixar de fumar.

A endoscopia digestiva alta (EDA) é o primeiro exame a ser realizado para os pacientes com esses sintomas e poderá diagnosticar lesões teciduais, úlceras, estenoses (estreitamento do esôfago), Barret e até mesmo câncer associado. Outros exames que podem ser necessários são a pHmetria esofágica de 24 horas, impedanciopHmetria e manometria, principalmente em casos de diagnóstico difícil, suspeita de outras doenças associadas e quando há programação de tratamento cirúrgico.

​O tratamento cirúrgico tem indicação menos frequente mas pode ser a melhor alternativa em casos selecionados. A via de acesso é, quase sempre, realizada por videolaparoscopia ou cirurgia robótica (cirurgia minimamente invasiva) e tem por objetivos: tratamento da hérnia de hiato com fechamento dos pilares do diafragma, reposicionamento da região do esfíncter inferior e confecção de uma válvula anti-refluxo utilizando o próprio estômago para impedir a ascensão do conteúdo gastro-duodenal para o esôfago.

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