Os divertículos colônicos são saculações que podem surgir em qualquer segmento do cólon, mas principalmente na região do sigmóide e cólon esquerdo. Medem de 0,5 a 2,0cm de diâmetro.​

Mais comum no sexo feminino, acomete cerca de 30% da população ocidental acima dos 60 anos e a maior parte dos indivíduos acima dos 80 anos de idade. É portanto, uma doença extremamente frequente.​

Essa doença tem uma estreita relação com os hábitos alimentares, sendo que a ingestão de alimentos industrializados, baixa ingesta de água e a obstipação crônica leva a formação de um bolo fecal menor e mais difícil de se locomover pelo cólon, levando ao aumento da pressão dentro do intestino e formação dos divertículos.​

Pode ter uma evolução completamente benigna, causando nenhum ou poucos transtornos aos portadores, mas também pode levar à inflamação do intestino (diverticulite aguda), com formação de abscessos ou até mesmo a perfuração intestinal franca com extravasamento de conteúdo fecal para a cavidade abdominal e infecção generalizada – com risco de morte.

Outra complicação que pode ocorrer é o sangramento intestinal (hemorragia interna), que pode ser intenso com risco de morte. Geralmente, os divertículos do lado esquerdo do cólon têm uma predileção maior pela inflamação e os divertículos do lado direito do cólon, pelo sangramento.​

Na diverticulite aguda, o paciente apresenta dor abdominal, geralmente na parte inferior esquerda, associada a febre, eventualmente diarréia alternada com constipação. Nos casos mais graves, o paciente apresenta dor abdominal difusa, alterações dos batimentos cardíacos, baixa da pressão arterial, alterações respiratórias e sudorese.​

O exame diagnóstico de escolha, na ausência de inflamação aguda, é a colonoscopia. Na suspeita de surto de diverticulite aguda, a colonoscopia deve ser evitada pelo risco de perfuração. O exame de escolha passa a ser então a tomografia computadorizada do abdome. Este exame permite não apenas diagnosticar a doença, mas também avaliar a extensão do acometimento inflamatório. Isto ajuda a nortear o cirurgião que está acompanhando o caso sobre o prognóstico e eventual necessidade de procedimentos adicionais.​

O tratamento consiste principalmente da utilização de antibióticos venosos, analgésicos, anti-inflamatórios e restrição da alimentação. A depender do caso, pode ser necessária também a drenagem de coleções purulentas guiados por tomografia ou mesmo a realização de procedimento cirúrgico de urgência. A via de acesso pode ser a aberta (convencional), mas também poderá ser utilizada a via minimamente invasiva. O objetivo é o controle da infecção, com drenagem de abscessos e limpeza mecânica da cavidade abdominal. Atualmente, tem-se evitado realizar a ressecção do segmento intestinal acometido pelos riscos inerentes ao procedimento realizado em caráter de urgência, bem como a eventual necessidade de realização de colostomia.​

Portanto, sempre que possível, opta-se por tratamentos menos invasivos para controle da infecção. Eventualmente, poderá ser indicada a ressecção do segmento de cólon acometido após resolução completa do quadro de diverticulite aguda, com maiores chances de sucesso da via minimamente invasiva, menos risco de contaminação e complicações pós-operatórias.

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